sexta-feira, 17 de julho de 2009

Porquê querer a lua, quando já se teve o céu? de 16 de Fevereiro de 2008

Desenganem-se se pensam que falar nos momentos, nos sentimentos os tornam mais presentes. Não é verdade, fostes induzidos em erro por quem vos fez crer nisso. O momento é nosso, não falemos mais dele, com medo que se torne banal e comum e caia no esquecimento, porque foi gasto. Por muito que quisesse descrevê-lo não seria fidedigna, as palavras não contêm em si toda a essência das coisas. Senti-o, sentimo-lo os dois, mais ninguém, a praça ficou deserta e nós congelados naquele momento. Silêncio...Acção... Por favor, não grites: Corta. Sonho que estou num filme de Hollywood. Não páres, não. Fiquemos assim, esquecidos pelo mundo, nos braços um do outro... Que som tão silencioso, nada ouço. Aproximaste-me de ti novamente e trocámos olhares, afastámo-nos, voltou o ruído, a confusão, a agitação das pessoas que passavam, cada uma com uma história diferente por contar. Sonhei-te, tive-te e perdi-te. Afinal, nunca poderíamos ser parte um do outro, nunca seria a Dama e tu o Vagabundo, nunca fui a Princesa nem tu o Príncipe. Porque a nossa história não poderia ter um final feliz. Sabiamo-lo e nada fizemos para o reescrever. Nada mais tínhamos para contar. Eu fiquei, tu partiste.
Já distante, ouviste-me dizer: Não te posso prender...

“Não devemos voltar ao lugares onde fomos felizes”

Será que me ouves chamar pelo teu nome? Será que ainda existo para ti ou já viraste a página? Será que foi um sonho? Então não me acordes, afasta-te em bicos dos pés e não faças barulho... Promete-me que um dia, noutro lugar, noutro momento seremos só nós dois e não existirá tempo, todos os relógios irão estar parados, o dia será eterno e a noite sem fim. Promete-me que não te afastas e que não me afastas de ti. Promete-te a mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário